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A ABOLIÇÃO QUE AINDA NÃO CHEGOU À PRISÃO

Atualizado: 25 de set.

Dos antepassados escravizados aos contemporâneos criminalizados e encarcerados, assim é a realidade do povo preto.


Segundo dados recentes, o Brasil tem 905.843 pessoas em cumprimento de pena, sendo 532.683 declaradas negras e pardas — o maior número de negros na prisão nos últimos anos.


No 13 de Maio, quando se marca a abolição da escravatura, é preciso lembrar que a abolição ainda não chegou na prisão.


  • Após a abolição, são os negros que representam 59% da população em cumprimento de pena nas prisões do Brasil.


  • Após a abolição, são os negros que passam por desconfiança nos corredores dos estabelecimentos comerciais.


  • Após a abolição, é a juventude negra que passa por um rito de extermínio.


  • Após a abolição, são os negros que sofrem o “equívoco” do reconhecimento fotográfico em sede policial ou juízo.


  • Após a abolição, estamos no ano de 2025, e ainda vigora uma ideia de que somos todos humanos, enquanto majoritariamente é a população negra que se ferra nesse país.


O respeito tem cor, a democracia tem cor, a funcionalidade institucional, também.


Resta ao povo preto, a mesma demanda de quando éramos escravizados: lutar, lutar para abolir. Abolir as senzalas, as desigualdades, a exploração, e sobretudo…

Abolir as prisões.


13M é de luta, luta do povo preto.

Saravá.

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