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MÃO DE OBRA PRISIONAL

Atualizado: 25 de set.

Produz na penitenciária - entrega no hospital


O estado do Rio Grande do Sul, apesar de todos os desafios que a gestão penitenciária apresenta, nos brinda com mais uma notícia importante de integração. 


Internos de uma unidade prisional estão trabalhando na produção de artigos de concreto para construção civil, são blocos, paralelepípedos, calhas e outros. Todo esse material é destinado ao Hospital Santiago, uma importante estrutura de saúde da região. 


Não devemos esquecer que o processo de trabalho prisional ainda carece de maiores coberturas, salário, previdência e tudo mais, contudo o fato de haver espaço para atividade laborativa é um respiro. 


É comum dizer que preso não deve ser atendido na rede pública, ou sequer deve ter atendimento médico. Para muitos, "bandido bom é bandido...", e consequentemente anulam qualquer possibilidade de reintegração. 


Fazer o preso entender que seu trabalho não é uma imposição de castigo, de correção, e que pode cooperar para o bem do estado é um caminho interessante de participação coletiva. E fazer campanha publicitária nos espaços públicos informando sobre a participação da mão de obra prisional na construção ou ampliação do hospital é uma questão de dignidade. 


O preso necessita estar no espaço público. Essa ideia de isolar e forçar esquecimento, não coopera para a reintegração social. Se ele um dia vai voltar, a gente precisa fazer conhecido os seus feitos enquanto ele está no "esquecimento". 


Que cada peça de cimento fabricada por presos, dentro do presídio, seja uma peça fértil para o cultivo da esperança, no contexto extramuros. 


Precisamos sempre expor iniciativas de integração importante para a convivência social. Quando fazem rebelião, todos querem noticiar para gerar o caos. Mas quando fazer o bem, poucos cooperam para a cultura de paz. 


Parabéns para a secretaria, aliás a notícia original está no site institucional. É que a fábrica prisão seja desativada em breve, não por ausência de trabalho, mas por falta de presos. 


Aqueles que estão no ambiente hospitalar e consideram injusto o preso ter atendimento no mesmo lugar, lembrem-se: talvez, o espaço que você está hoje, foi o preso que ajudou a construir. 


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